Crime sem fronteiras: Chefes do tráfico de Goiás estão entre os mortos da megaoperação no Rio
A megaoperação da polícia do Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho nos complexos da Penha e do Alemão teve um desdobramento direto em Goiás. O secretário de Polícia Civil do Rio, Felipe Curi, confirmou que dois dos mortos na ação, Marcos Vinicius da Silva Lima (Rodinha), de 27 anos, e Fernando Henrique dos Santos, de 29, eram chefes do tráfico de drogas com atuação em Goiás.
Ao todo, a Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO) divulgou que seis criminosos goianos estão entre os mortos na megaoperação. A lista inclui nomes como Rodinha e Fernando Henrique, além de “Disquete” e “Madruga”, demonstrando a conexão e o poder de ramificação do crime organizado entre os estados.
O histórico dos líderes do tráfico goiano
Os criminosos mortos no Rio tinham um histórico de crimes em Goiás:
- Marcos Vinicius (Rodinha): Tinha condenações por roubo majorado, receptação e tráfico em Aparecida de Goiânia, mas foi solto em 2024 após a Justiça anular as provas obtidas sem ordem judicial. Segundo as autoridades do Rio, ele comandava o tráfico em Itaberaí e Goiânia.
- Fernando Henrique (Fernandinho): Tinha um histórico de crimes desde 2014, tendo fugido da Justiça em 2020.
O discurso de Caiado e o apoio contra a impunidade
A confirmação da morte dos criminosos goianos na megaoperação serviu de plataforma para o governador Ronaldo Caiado (UB), que se pronunciou nas redes sociais. Caiado parabenizou as forças de segurança e atacou a impunidade, afirmando que “O brasileiro não suporta mais conviver com esta total situação de impunidade, onde traficantes e faccionados se acham no direito de privar as pessoas da sua liberdade”.
O caso é mais uma evidência de que o crime organizado opera de forma integrada no país. A morte dos chefes do tráfico goiano no Rio de Janeiro é um sinal da articulação entre as polícias estaduais e a importância do combate conjunto às facções.



Publicar comentário