Foragido da Justiça toma posse como vereador em Ceres, aponta Ministério Público
O vereador Osvaldo José Seabra Junior, de 39 anos, conhecido como “Osvaldo Cabal”, tomou posse na Câmara Municipal de Ceres no dia 1º de janeiro, mesmo sendo alvo de um mandado de prisão preventiva. A ordem foi expedida em novembro de 2024 no âmbito da Operação Ephedra, que investiga o tráfico de rebite e outras drogas, segundo o Ministério Público Eleitoral (MP).
Posse sob investigação
De acordo com o MP Eleitoral, Osvaldo Cabal foi diplomado pela Justiça Eleitoral e compareceu à cerimônia de posse, realizada no Centro Cultural de Ceres, na manhã do dia 1º. Ele assinou o termo de posse às 15h58 na Câmara Municipal.
A Câmara afirmou que, até o momento da posse, não havia recebido qualquer notificação oficial da Justiça, do Ministério Público ou da polícia que impedisse a formalização do cargo, e por isso cumpriu o que está previsto no Regimento Interno e na Lei Orgânica do município.
Pedido de investigações
O promotor eleitoral Pedro Furtado Schmitt Corrêa requisitou ao presidente da Câmara, vereador Glicério Júnior, as imagens das câmeras de segurança que registraram a presença de Osvaldo Cabal no local, além de informações detalhadas sobre como ele teve acesso ao prédio e quem estava presente durante sua posse.
O Ministério Público também solicitou cópias do livro de posse e do regimento interno para analisar possíveis irregularidades no procedimento.
Operação Ephedra
Osvaldo Cabal é investigado como parte da Operação Ephedra, conduzida pelo Ministério Público de Goiás em parceria com a Polícia Rodoviária Federal. A operação tem como foco o combate ao tráfico de rebite e outras substâncias ilegais.
Apesar de sua diplomação, a Diretoria-Geral de Polícia Penal (DGPP) confirmou que, até o fechamento desta matéria, o vereador continua foragido.
Resposta pendente
A reportagem tentou contato com Osvaldo Cabal e com o Partido Liberal (PL), mas não obteve retorno até o momento.
O caso continua a gerar polêmica e coloca em evidência a necessidade de maior fiscalização nos processos de posse de representantes públicos.
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