Goiano deportado dos EUA faz alerta sobre entrada ilegal: “Muito perigoso”
O corretor de imóveis César Diego Justino, natural de Goiás, foi deportado dos Estados Unidos após passar quatro meses detido no país. Ao desembarcar no Brasil, ele chegou a beijar o chão, emocionado pelo retorno. César tentou entrar ilegalmente nos EUA via México, buscando uma vida melhor para sua família, mas enfrentou fome, frio e desespero.
“Se for, vá pela porta da frente”
César faz um alerta para quem pensa em tentar a travessia ilegal:
“Se tiver que ir, vá pela porta da frente. Consiga um visto. Não vamos passar pelo México, é muito perigoso.”
Ele relata que não teve dignidade alguma durante o trajeto e que os imigrantes são tratados como “lixo”. Ao se entregar às autoridades americanas, tentou regularizar sua situação, mas não conseguiu pagar a fiança de US$ 5 mil exigida para evitar a deportação.
Sonho interrompido
O corretor de imóveis viajou para os EUA com o objetivo de garantir um futuro melhor para seus filhos, de 2 e 10 anos, e para sua esposa, que ficaram em Jaraguá, Goiás. Agora de volta, ele pretende reconstruir sua vida no Brasil.
“Estou realizado, porque estou com a minha riqueza, que são meus filhos, minha esposa, minha mãe e minha sogra. Agora é seguir em frente.”
O voo da deportação
César Justino veio no segundo voo com brasileiros deportados dos EUA sob o novo mandato de Donald Trump. O avião pousou no Aeroporto de Confins (MG) na última sexta-feira (7), trazendo 111 deportados. Uma comitiva do governo federal, incluindo a ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, esteve presente para recebê-los.
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