Jovem é presa em casa de luxo suspeita de aplicar golpe de R$ 400 mil nos tios em Jataí
Uma mulher de 24 anos foi presa em flagrante na última sexta-feira (27), em uma casa de alto padrão em Jataí, no sudoeste de Goiás, suspeita de aplicar um golpe de R$ 400 mil contra os próprios tios. Segundo a Polícia Civil, a jovem inventou histórias falsas, fingindo ameaças de facções criminosas e até se passando por autoridades do Judiciário para manipular a família ao longo de três meses.
De acordo com o delegado Marlon Luz, responsável pela investigação, a suspeita já havia sido presa anteriormente por estelionato em Rio Verde, em golpes de aluguel de imóveis. Após sair da prisão, ela foi acolhida pelos tios, que têm boa condição financeira, e passou a morar em uma quitinete bancada por eles.
“Ela começou a enviar mensagens aos tios como se fossem da Vara Criminal, dizendo que não poderia sair da casa deles e que estaria sendo monitorada judicialmente”, explicou o delegado.
Ameaças falsas e manipulação psicológica
As fraudes evoluíram com a criação de uma narrativa ainda mais elaborada. A jovem fez os tios acreditarem que ela e a tia estariam marcadas para morrer por integrantes do PCC, com uma suposta recompensa de R$ 120 mil por suas cabeças. Para escapar do perigo, as mensagens orientavam a família a sair da cidade com urgência, viajando para locais turísticos e bancando estadias, roupas, celulares e outras despesas – tudo sob a promessa de reembolso pelo “Poder Judiciário”.
“Ela chegou a levar um namorado para morar com a família e, pouco depois, os tios também começaram a receber mensagens dizendo que o homem não poderia deixar a casa. A manipulação era constante”, completou Marlon.
O golpe só foi descoberto após a tia da jovem desconfiar das histórias e procurar a polícia. No momento em que os agentes cumpriram o mandado de busca e apreensão na casa onde a jovem estava, ela ainda trocava mensagens com os tios tentando manter a farsa.
Prisão e confissão
Após a prisão, a jovem confessou o crime, mas alegou que não agiu sozinha. A Polícia Civil investiga a possível participação de terceiros. Ela deve responder por estelionato, cuja pena varia de 1 a 5 anos de prisão.
O caso acende o alerta sobre a atuação de golpistas que se aproveitam de laços afetivos para enganar familiares, usando técnicas de manipulação emocional e falsas identidades.
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