Serial killer em Goiás: Polícia detalha o perfil das vítimas de Rildo Soares
A Polícia Civil de Goiás revelou, em coletiva, o perfil das vítimas do suposto assassino em série Rildo Soares dos Santos, de 33 anos, preso em Rio Verde. A investigação aponta uma “assinatura” clara nos crimes, marcados por extrema violência, uso de fogo e um alvo bem definido: mulheres em situação de vulnerabilidade, que andavam sozinhas durante a madrugada e não tinham nenhuma relação prévia com o criminoso.
O delegado Adelson Candeo confirmou que Rildo confessou ter matado Elisângela Silva e Monara Pires, além de ser investigado por outros oito crimes graves em Goiás. A delegada Fernanda Simão de Almeida complementou, afirmando que Rildo é autor confirmado de três estupros.
A vaidade do criminoso e o rastro de violência
O perfil psicológico do suspeito é um dos pontos mais chocantes. Rildo exibe uma “imensa vaidade” em relação aos crimes e confessou ter voltado a todos os locais onde os cometeu. O delegado destacou a total falta de empatia e remorso de Rildo, que agia com brutalidade desnecessária, sendo responsável por feminicídios, roubos, ocultação de cadáver, tentativas de estupro e latrocínio.
A linha do tempo dos crimes investigados, que se estende de março a setembro deste ano, mostra uma escalada de violência que inclui estupros, tentativas de feminicídio e latrocínio. O criminoso, que usava um uniforme de limpeza urbana como disfarce para não levantar suspeitas nas madrugadas, visava principalmente dependentes químicas e mulheres que saíam cedo para trabalhar.
Os mistérios dos desaparecimentos
A polícia também está investigando ativamente mais dois desaparecimentos de mulheres que podem estar ligados a Rildo. Um dos casos é o de uma dependente química que morava e frequentava a mesma região onde Monara Pires foi encontrada. Ao ser questionado sobre essa vítima, Rildo não nega o crime, mas diz “não se lembrar”, uma resposta que o delegado considera suspeita.
O caso de Rildo Soares, que está preso na Casa de Prisão Provisória de Rio Verde, é um dos mais brutais da história recente de Goiás. A elucidação desses crimes é um passo crucial para a segurança das mulheres em situação de vulnerabilidade na região.
Publicar comentário