Cafeteria quase fecha por falta de clientes, mas apelo emocionante de dona viraliza e comove internet
Com voz embargada e o salão vazio ao fundo, Elizabeth Crystina de Sousa Oliveira fez um desabafo nas redes sociais que rapidamente conquistou milhares de visualizações: ela pedia ajuda para manter viva a cafeteria que abriu há apenas três meses com a sogra, Michele Barbosa, no Setor Eli Forte, em Goiânia.
O vídeo, gravado após o horário de pico da manhã, não tinha a pretensão de viralizar — apenas de alcançar trabalhadores e moradores da região do Anel Viário, onde o número de opções gastronômicas ainda é limitado. No entanto, a sinceridade do pedido emocionou internautas e gerou uma onda de apoio à pequena empresa familiar.
Sonho construído com as próprias mãos
Elizabeth contou que a cafeteria nasceu de um sonho coletivo: toda a família participou do processo, ajudando na pintura, montagem da estrutura e organização do espaço. Pensada para ser um ponto de encontro acolhedor, a cafeteria oferece wi-fi, tomadas para trabalho remoto, bolos artesanais, salgados, tortas e até café colonial nos fins de semana.
“Era uma oportunidade que virou um sonho. Mas sonho sem cliente não sobrevive”, desabafa a empreendedora.
Segundo ela, o maior obstáculo enfrentado tem sido a baixa rotatividade de pessoas. Sem demanda, a produção precisa ser reduzida e muitas vezes a vitrine fica vazia para evitar desperdícios. Isso, por sua vez, afasta novos clientes — um ciclo difícil de romper sem visibilidade.
Esperança reacende com apoio online
Após o vídeo viralizar, Elizabeth e Michele passaram a receber mensagens de apoio e promessas de visita de pessoas de diversas partes da cidade. Elas mantêm o otimismo e reforçam que estão firmes na missão de continuar oferecendo qualidade e acolhimento aos visitantes.
Além do cardápio tradicional, elas investem na divulgação dos produtos nas redes sociais e trabalham para adaptar o negócio ao gosto da clientela local. A esperança é que, com o novo alcance conquistado, o café se transforme em ponto de referência no bairro.
Pequenos negócios lutam para se manter
A história da cafeteria reflete o desafio enfrentado por muitos pequenos empreendedores em Goiás. Segundo dados da Junta Comercial do Estado (Juceg), o estado soma 896 mil empresas ativas no primeiro quadrimestre de 2025. Apesar do crescimento, a concorrência com grandes redes e a oscilação no fluxo de clientes tornam a sobrevivência dos negócios locais uma jornada de persistência.
Para Elizabeth, a resposta emocionada do público é uma prova de que vale a pena continuar:
“Esse apoio me deu forças para não desistir. Agora acredito ainda mais que a cafeteria pode dar certo.”
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