Medicina e Legado: A história da família Rassi que moldou a saúde em Goiás
A morte de Mônica Rassi e Alberto Rassi Jr. em dias consecutivos reacendeu a memória de uma família que se tornou sinônimo de desenvolvimento da medicina em Goiás. Descendentes de Abrão Rassi, que chegou do Líbano em 1924, a família não apenas se estabeleceu no comércio, mas deixou um legado na saúde que transformou a capital goiana.
O patriarca, Abrão, teve nove filhos no Brasil, e cinco deles se tornaram médicos: Alberto, Luiz, Anis, Raul e Afif. Segundo o médico Luiz Rassi Jr., o maior legado do avô foi a formação de cinco médicos, que, por sua vez, formaram “outras dezenas de outros filhos e netos médicos”, totalizando mais de 100 médicos na família.
Do Hospital Rassi ao HGG: A fundação da medicina goiana
A história da família se confunde com a da própria saúde de Goiânia. O primeiro empreendimento médico, a Casa de Saúde Dr. Rassi, foi inaugurado em 1942. Em 1960, os cinco irmãos médicos fundaram o Hospital Rassi, que, por ser grande demais para a capital da época, foi vendido ao Governo Federal e deu origem ao atual Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG). Logo depois, a família inaugurou o Hospital São Salvador, e Anis Rassi fundou o Hospital do Coração.
O legado de Mônica e Alberto Jr.
Mônica Rassi, filha de Luiz Rassi, formou-se em psicologia, direito e música, e atuava como defensora pública aposentada. Alberto Rassi Jr., filho de Alberto Rassi, seguiu os passos do pai e se destacou como um cirurgião talentoso.
Primo do casal, o endocrinologista Nelson Rassi destacou o lado humano de ambos: Alberto Jr. dedicava boa parte do seu tempo a atividades de assistência social, realizando atendimentos e cirurgias gratuitas. “Eram duas pessoas que prestaram enorme serviço à sociedade, cada um na sua área”, disse o médico. O falecimento dos primos é um momento de luto que recorda a importância da família para a saúde e a história de Goiás.
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