Caiado acusa governo Lula de perseguir Goiás por questões políticas
O governador de Goiás e pré-candidato à presidência da República, Ronaldo Caiado (União Brasil), fez duras críticas ao governo Lula, acusando-o de retaliação política contra o estado. Segundo Caiado, a exclusão de Goiás das privatizações rodoviárias e o veto a um empréstimo de R$ 700 milhões junto ao Banco Mundial são provas dessa suposta perseguição.
“Estou sendo perseguido”, afirmou Caiado, destacando que a decisão do governo federal não teria um viés técnico, mas sim político, como forma de enfraquecer sua gestão. O governador mencionou que, mesmo após a aprovação pelo Tesouro e pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, a União teria criado um obstáculo específico para impedir o acesso ao crédito.
Além disso, Caiado rebateu as declarações da ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, que sugeriu que os governadores deveriam ser gratos ao presidente Lula pela negociação das dívidas estaduais. “Ela está cobrando algo que nem sequer aconteceu. É a viúva Porcina: foi sem nunca ter sido”, ironizou o governador, referindo-se ao Propag (Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados), que ainda não tem legislação aprovada.
Críticas à segurança pública e combate ao crime
O governador também não poupou críticas ao que chamou de omissão do governo federal no combate ao avanço do crime organizado no país. Em resposta à recente declaração de Lula sobre os roubos de celular, Caiado ironizou: “Mas qual é o Lula de verdade? O que diz que estavam sendo agressivos com o jovem que roubou o celular ou o que agora finge combater o problema?”
Ele ainda afirmou que o Brasil está migrando de um Estado democrático para um Estado do narcotráfico, sob o patrocínio e conivência do governo federal. Segundo ele, o crime organizado está ocupando cada vez mais espaço na economia, ameaçando empresas e cidadãos, enquanto o governo petista “convive e participa dessa engrenagem”.
Com essas declarações, Caiado intensifica sua postura de oposição ao governo federal e se posiciona como um nome forte da direita para 2026. Resta saber como essa troca de farpas se desenrolará nos próximos meses.
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