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Parte dos médicos do Ipasgo paralisa atendimento em Goiás

Uma parcela dos médicos credenciados ao Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo) suspendeu os atendimentos nesta terça-feira (18). A paralisação impacta consultas, exames e cirurgias eletivas, enquanto os serviços de urgência e emergência seguem normalmente. A previsão é que a mobilização dure até quinta-feira (20), com retomada das atividades às 7h.

De acordo com representantes da categoria, mais de 300 profissionais aderiram ao movimento, reivindicando a regularização de pagamentos em atraso dos meses de julho a novembro de 2024. Outras demandas incluem a definição de uma data fixa para os repasses, a atualização da tabela de Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) e maior transparência nos demonstrativos financeiros.

Os médicos também pleiteiam melhorias na forma de pagamento, solicitando que os valores sejam depositados diretamente a eles, sem intermediação de hospitais, e um adicional noturno para procedimentos realizados fora do horário comercial. Outro ponto de destaque é a cobrança de ajustes na liberação de guias, incluindo a identificação dos auditores responsáveis pelo processo.

Resposta do Ipasgo

O Ipasgo declarou que considera a paralisação “estranha”, alegando não haver pendências financeiras com os prestadores de serviço. Segundo o instituto, desde setembro de 2024 foram repassados aproximadamente R$ 1 bilhão aos profissionais credenciados. Apenas nos dias 31 de janeiro e 14 de fevereiro de 2025, o plano desembolsou R$ 18,2 milhões aos prestadores.

O instituto reforça que a paralisação atinge cerca de 10% da rede credenciada, composta por médicos e odontólogos, enquanto os demais profissionais continuam prestando atendimento normalmente. Ainda segundo o Ipasgo, prestadores que identificarem inconsistências em pagamentos devem formalizar as reclamações para que medidas sejam tomadas.

O instituto também alertou que a suspensão de atendimentos sem justificativa contratual pode acarretar sanções, incluindo o descredenciamento dos profissionais envolvidos.

Impacto nos beneficiários

A paralisação gera preocupação entre os beneficiários, que enfrentam dificuldades para agendar consultas e exames. Pacientes com tratamentos continuados, como os oncológicos, também relataram transtornos com a distribuição domiciliar de medicamentos, que estaria ocorrendo sem o devido acompanhamento farmacêutico em algumas situações.

O Ipasgo defendeu a iniciativa, afirmando que o programa de entrega domiciliar faz parte de um plano para oferecer mais comodidade aos pacientes, e que apenas casos isolados apresentaram problemas logísticos, já corrigidos.

A situação segue em monitoramento e novas reuniões entre o instituto e os profissionais da saúde devem ocorrer nos próximos dias para buscar um consenso sobre as reivindicações.

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