R$ 21 milhões bloqueados: Megaoperação desmantela facção criminosa com ramificações em 10 estados
O crime organizado sofreu um duro revés com a deflagração da Operação Corrosão, uma megaofensiva que resultou na prisão de mais de 50 pessoas e no bloqueio de R$ 21 milhões em ativos. A ação, que mobilizou mais de 400 policiais de diversas corporações, teve como principal alvo um grupo ligado ao tráfico de drogas com forte atuação em Goiás, no Distrito Federal e em mais oito estados.
O epicentro da organização estava em Goiás, onde 41 dos 55 mandados de prisão foram cumpridos. Segundo o delegado Bruno Zane, da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Goiás (FICCO/GO), a operação apreendeu veículos, armas e drogas, com a prisão de indivíduos que atuavam desde a liderança central até a distribuição nas ruas.
Do tráfico à lavagem de dinheiro: A sofisticação do esquema
A investigação revelou a sofisticada estrutura da facção. O delegado informou que o esquema foi desvendado a partir da apreensão de três fuzis em 2024. A análise de celulares e o compartilhamento de provas permitiram identificar a divisão de tarefas do grupo, que incluía responsáveis pela contabilidade e movimentação de fundos ilícitos.
Um dos focos da operação foi a lavagem de dinheiro. Uma investigada, considerada uma das principais “lavadoras” do grupo e extraditada de Portugal, teve R$ 14 milhões bloqueados apenas em seu nome. A polícia também conseguiu o sequestro judicial de um imóvel avaliado em R$ 150 mil.
Os envolvidos responderão por tráfico de drogas, organização criminosa, lavagem de dinheiro e associação para o tráfico. O sucesso da Operação Corrosão envia um sinal claro de que as forças de segurança estão avançando no combate ao crime organizado e à sua capacidade de infiltrar e movimentar recursos na economia formal.
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