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Farmácias de traficantes internacionais recebiam até R$ 90 mil por mês com fraudes no Farmácia Popular, diz PF

Farmácias ligadas a traficantes internacionais de drogas fraudavam o programa Farmácia Popular, chegando a receber entre R$ 60 mil e R$ 90 mil por mês, conforme revelou a Polícia Federal nesta quinta-feira (13). Inicialmente, essas farmácias recebiam repasses médios de até R$ 5 mil antes de serem envolvidas no esquema criminoso.

Como funcionava a fraude?

Os criminosos utilizavam dados de consumidores sem consentimento para registrar vendas fictícias de medicamentos, que nunca eram entregues. O objetivo era desviar recursos do programa e financiar o tráfico de drogas.

O grupo adquiria farmácias que estavam cadastradas no programa, mas que haviam encerrado suas atividades. Depois, realizava alterações societárias e, com a intermediação de um despachante, aumentava o volume de vendas fictícias. Com isso, os criminosos conseguiam liberar pagamentos fraudulentos e ocultar os reais beneficiários.

Operação Policial

As investigações tiveram início em 2022, após a prisão de duas pessoas transportando cocaína. A droga seria destinada a um grande traficante da região de Luziânia, que chegou a ser candidato a vereador em 2024. A Polícia Federal identificou uma rede de movimentação financeira para ocultar a origem do dinheiro obtido com os crimes.

Nesta terça-feira, a operação cumpriu 106 mandados em Goiás, Distrito Federal, Paraíba, Mato Grosso, Acre e Minas Gerais, resultando em:

  • 6 mandados de prisão;
  • 26 mandados de busca e apreensão;
  • 28 medidas restritivas de direitos;
  • Sequestro de bens móveis e imóveis;
  • Bloqueio de R$ 39 milhões dos investigados.

A resposta do Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde informou que recebeu um ofício da Polícia Federal e suspendeu o credenciamento e os pagamentos de 28 farmácias envolvidas na fraude. Destacou ainda que medidas rigorosas de controle foram implementadas para evitar fraudes, incluindo monitoramento eletrônico, cruzamento de dados e fiscalização ativa.

O ministério reforçou que beneficiários do programa podem verificar se seus dados foram usados indevidamente pelo Meu SUS Digital, onde também é possível bloquear o CPF para uso no Farmácia Popular.

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